Comurg é pauta frequente na disputa eleitoral de 2024
Ao longo dos últimos anos a gestão da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) tem sido alvo de críticas da população goianiense, o que levou a ser pauta frequente na disputa pelo Paço Municipal da capital goiana. Nas eleições de 2024, os candidatos vêm apresentando suas propostas para solucionar os problemas que permeiam a companhia, responsável por serviços essenciais, como a coleta de lixo, a manutenção de parques, jardins, e a limpeza urbana da cidade de Goiânia.
Atual prefeito e candidato à reeleição, Rogério Cruz (Solidariedade) já destacou, em entrevistas passadas, que os problemas da Comurg são históricos e as soluções começaram a avançar em sua gestão. Em sabatina realizada no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Goiás (CREA-GO), o prefeito disse que “a Comurg foi criada em 1973 já com um problema, mas esse problema está causando o que vivemos hoje, pois virou uma bola de neve” e na sequência trouxe problemas que aconteceram em gestão anterior a sua. “Lembrar a todos que essa situação de limpeza urbana já vem acontecendo há muito tempo. Tivemos vários problemas no passado”.
Nos planos de governo, apenas a delegada Adriana Accorsi (PT) e o Professor Pantaleão (UP) citam a Comurg. A candidata afirma que relacionado a limpeza urbana, os principais aspectos a serem discutidos são: “deficiências na varrição da cidade; irregularidades na coleta do lixo; falta de gestão dos resíduos sólidos, de efetividade da coleta seletiva e de licenciamento ambiental do aterro; fragilidades na estrutura para a coleta; e tratamento dos resíduos e a desestruturação da Comurg”. Já nas propostas do candidato da UP, é dito “a garantia de uma Comurg 100% pública, com participação direta da população nas decisões e no planejamento da companhia”.
Sandro Mabel (União Brasil) tratou sobre a urgência de se resolver as dificuldades da Comurg e, assim, solucionar a crônica deficiência na coleta de lixo da capital. O candidato comentou sobre o tema durante sabatina promovida pelo jornal O Popular e rádio CBN Goiânia, na última segunda-feira, 16. “Eu não preciso de auditoria para saber o que eu vou fazer. Eu já tenho elementos suficientes. A Comurg é paciente na UTI em fase terminal”, disse.
O empresário garantiu que os decretos de demissões e organogramas já estarão prontos antes de sua posse, caso seja eleito. “A Câmara Municipal será convocada para dia 2 de janeiro porque precisaremos agir rápido para alcançar tudo que precisamos nesses quatro anos de gestão”, constatou Mabel sobre a urgência das mudanças na Comurg. “Vamos tomar as medidas emergenciais e a auditoria vai servir para fazer o ‘pente fino’, identificar corrupções que estejam acontecendo. As auditorias são importantes, mas é um complemento do choque de gestão que vamos fazer na Comurg”, ressaltou.
Matheus Ribeiro (PSDB) disse que irá “fechar as torneiras da corrupção na Comurg”. O tucano defende a eficiência e o fim de contratos suspeitos no serviço público de coleta de lixo e urbanização da cidade. O jornalista tem como proposta transformar Goiânia na primeira Capital Lixo Zero do Brasil, programa de conscientização, estruturação e infraestrutura para estruturar a coleta e o descarte de lixo.
O senador Vanderlan Cardoso (PSD) garantiu, em visita recente à Câmara Municipal, que se eleito irá realizar uma auditoria externa. “Com auditoria externa, sem interferência política, com certeza vamos mostrar para a sociedade quem são os verdadeiros culpados e o que aconteceu na Comurg”. O candidato pessedista garantiu que a auditoria também servirá para mostrar à população como está a situação da companhia no momento do novo governo.