Perfil sobrepõe às propostas na hora de escolher prefeito

Na primeira rodada da pesquisa em Goiânia no 2º turno, com respostas espontâneas, 31,8% dos entrevistados apontaram como fator decisivo para escolha os atributos particulares do candidato
Por O Popular
Data: 21/10/2024
Sandro Mabel (UP): apoio do governador Ronaldo Caiado, que tem participado ativamente das atividades de campanha e na propaganda eleitoral no rádio e na televisão (Diomício Gomes/O POPULAR)

Características pessoais importam mais do que as propostas na hora de escolher o futuro prefeito de Goiânia, apontam os eleitores da capital na primeira rodada da pesquisa Serpes/O POPULAR neste segundo turno. Questionados sobre o que mais vai pesar na hora de decidir o voto neste segundo turno, com respostas espontâneas, 31,8% dos entrevistados apontaram atributos particulares do candidato.

Projetos ou plano de governo foram indicados por 17,5% do eleitorado. No dia 27 de outubro, os moradores de Goiânia escolherão entre os candidatos Fred Rodrigues (PL), ex-deputado estadual, e Sandro Mabel (UB), ex-deputado federal, que obtiveram 31,14% e 27,66% dos votos válidos no primeiro turno, em 6 de outubro.

Fred Rodrigues (PL): apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já veio três vezes à capital para atos de campanha (Fábio Lima / O Popular)

Na sexta-feira (18), O POPULAR mostrou a primeira parte da pesquisa, que indica que Mabel herda a maioria dos votos dos candidatos derrotados. Ele aparece com 46,1% de intenções de voto, contra 40,9% de Fred, no levantamento estimulado, realizado nos dias 17 e 18 de outubro. Já na pesquisa espontânea (quando os nomes não são apresentados ao eleitor), Mabel tem 40,8% e Fred, 33,9%.

Para 11,7% dos eleitores consultados, importam mais as características políticas do candidato para definir o voto. Outros quatro critérios apareceram nas respostas, todos com índices de 1% para baixo: indicação ou influência (1%), administração (0,7%), integridade e desenvolvimento (0,2% cada). A maioria do eleitorado (36,9%) não soube responder ou não vai votar.

Diante do mesmo questionamento, mas agora com seis opções para resposta, 27,8% dos goianienses disseram que o critério mais importante para definir o voto é ter experiência política. Ser de direita é o mais relevante para 15,6% e ser gestor é o mais importante para 15%.

O apoio do governador Ronaldo Caiado (UB) é decisivo na escolha do voto para 13,6%. Já o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conta mais para 8,8% dos eleitores. Caiado apoia Mabel e tem participado ativamente das atividades de campanha e na propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Já Bolsonaro apoia Fred e veio três vezes à capital para eventos do ex-deputado.

Outros 7,8% dos eleitores apontaram que o que mais pesa é ser conservador. Neste questionamento, 11,4% não responderam.

O Serpes ouviu 601 eleitores. O levantamento tem intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 4 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o protocolo GO-02324/2024.

O instituto Serpes também mediu a influência da polarização política nacional em Goiânia, buscando saber para onde vão os eleitores de Bolsonaro e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa local. Entre os bolsonaristas, 65% votam em Fred, enquanto 29,6% vão de Mabel. Os votos nulos e a indecisão neste grupo estão próximos, 2,9% e 2,6%, respectivamente.

Já no grupo que votou em Lula em 2022, 74,7% optam por Mabel neste segundo turno e apenas 13,1% vão de Fred. Os votos nulos neste grupo são 7,1% e a indecisão, 5,1%.

O Serpes também perguntou aos eleitores o impacto de uma declaração de apoio da deputada federal Adriana Accorsi (PT), terceira colocada na disputa do primeiro turno, com 24,4% dos votos válidos. Questionados se a posição da petista em favor de um nome poderia fazê-los optar pelo outro, 70,7% disseram que não e 16,1% que sim. Outros 8,5% responderam talvez e 4,7% não responderam.

Prioridades

A preocupação com a área da saúde aumentou entre os eleitores de Goiânia. Para mais da metade da população (50,4%), este será o setor que o futuro prefeito da capital terá de priorizar na gestão. Em julho, a saúde também estava no topo do ranking, mas indicada por 42,6%.

No mais recente levantamento, educação ficou em segundo lugar, com índice bem menor em relação à primeira colocada: 13,3% consideram que o próximo prefeito terá de priorizar a área. Limpeza pública passou ao terceiro lugar, com 11,8%.

Na pesquisa de julho, a questão do lixo era segunda colocada, com 18,1% contra 15,3% da limpeza pública.

Para 6,3% dos eleitores, infraestrutura deve ser o maior foco do novo prefeito. Outros seis temas têm de 5% para baixo na opinião do eleitor: segurança (5%); emprego (3,5%); cultura (2%); habitação e transporte coletivo (1,5%, cada); e trânsito (1,3%). Os que não souberam somam 2,4% e 1% indicou alguma outra área.

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